quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Quem tem medo do lobo mau!




A música feita para "Os três Porquinhos" da Disney, ajudou a tornar a história ainda mais popular. E se não fosse pelo Lobo Mau, correndo atrás do Prático, do Heitor e do Cícero, talvez o sucesso não fosse tão grande assim!

Quem tem medo do Lobo Mau!!!

Com palha eu faço a casa
Pra não me esforçar
Na minha casinha
Eu toca a flautinha
Eu gosto é de brincar!
De vara é minha casa
É onde eu vou morar
Mas eu não me amofino
Vou tocando violino
O que eu gosto é de dançar!
Eu faço a minha casa
Com pedra e com tijolo
Pra trabalhar não sei dançar
Pois não sou nenhum tolo
Ele não sabe brincar, nem cantar, nem dançar
Só o que sabe é trabalhar
Podem rir, dançar e brincar
Que não vou me aborrecer
Mas não vai ser brincadeira
Quando o lobo aparecer
Quem tem medo do Lobo mau, Lobo mau, Lobo mau------------ Bis
Dou um soco no nariz
Eu dou-lhe um bofetão
Eu dou-lhe um pontapé
Derrubo ele no chão
Quem tem medo do Lobo mau, Lobo mau, Lobo mau------------ Bis

(...)
"O terceiro porquinho o mais velho, já aprendeu a viver com mais realidade, ele não vai brincar antes de construir seguramente a sua realidade presente prevendo mais tranqüilidade e segurança no futuro. Este porquinho até já consegue adivinhar o pensamento do lobo mau e qual seria o seu comportamento se encontrasse facilidade em penetrar na sua casa. O lobo é o seu inimigo e encarna o estrangeiro " de dentro ", que irá tentar seduzi-lo e fazê-lo cair na sua armadilha.O terceiro porquinho se mostra capaz de prever as ações e de derrotar inimigos mais fortes do que ele. O lobo feroz é a encarnação dos poderes não sociais, inconscientes, devoradores contra os quais devemos nos proteger e derrotar com a força do nosso ego."

FONTE: A PSICANÀLISE DOS CONTOS DE FADAS. Bruno Bettelheim
Um livro que deveria constar na biblioteca de todos os pais e mestres.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Anônimos impulsionam internet colaborativa

Luis Felipe Braga, arquiteto de sistemas que vive em São Paulo, começou a colaborar na enciclopédia on-line Wikipedia de forma anônima, há cerca de dois anos, melhorando artigos sobre informática. “Foi um interesse natural. Vi que tinha muita coisa errada sobre o assunto e resolve arrumar, utilizando meu conhecimento”, conta. Do trabalho restrito, Braga tornou-se administrador do site e, hoje, dedica pelo menos duas horas por dia na página. Voluntários como Braga, que participam de sites colaborativos, podem ter diferentes motivos para se envolver com esse tipo de atividade, mas, depois que começam, compartilham da mesma sensação: a de que essa estrutura vicia. O conceito da internet no extremo da colaboração -- também conhecido como web 2.0 -- indica uma tendência em que as pessoas dedicam seu tempo para produzir, organizar e disponibilizar informações para acesso de outros internautas, sendo que na maioria das vezes não recebem remuneração ou crédito.
A identidade dos colaboradores pode muitas vezes passar batida para aqueles que consomem suas informações. Mas Braga afirma que, apesar do nome do autor não estar ligado aos artigos da Wikipedia, os bons trabalhos são reconhecidos dentro da comunidade, entre os editores. A função de administrador dá ao arquiteto de sistemas bagagem para identificar quem são essas pessoas, já que ele colabora com a manutenção do site, verificando nos textos atos de vandalismos e artigos que violam os direitos autorais. “O primeiro objetivo das pessoas ao entrarem na Wikipedia é tentar ajudar divulgando conhecimento. Mas depois, com o envolvimento, isso diminui, dando lugar à luta para que as conquistas sejam mantidas, para que não se destrua os bons artigos já disponíveis”, afirma, com base em sua própria experiência. Como em toda comunidade, essa enciclopédia colaborativa também registra disputas, explica Braga. “O problema é que, depois de um tempo, o trabalho vicia e cada um tem um ponto de vista para defender o projeto, o que gera uma competição”, conta. Apesar de ter consciência de que seus artigos podem ser modificados, ele admite que fica chateado quando alguém faz uma grande modificação sem abrir antes uma discussão, o que é praxe na Wikipedia. “Geralmente, quando isso acontece, dá-se início a uma guerra de edições”, conta. O trabalho na enciclopédia também nunca chegou a atrapalhar sua vida normal. “Trato a Wikipedia como um hobby, mas às vezes me sinto obrigado a cuidar dos artigos e verificar os rumos que a comunidade vem tomando.”
á o site de vídeos YouTube oferece a seus colaboradores a oportunidade de divulgar conteúdo mais voltado à diversão, ao entretenimento, e não somente ao conhecimento, como acontece com a Wikipedia. Sua realidade livre, que segue o conceito das redes sociais, tem mais relação com o reconhecimento dos voluntários em seu círculo de amigos, a aquisição de novos contatos e a disponibilização de vídeos considerados interessantes demais para ficarem restritos. Sejam eles informativos ou não, já que o principal objetivo da maioria dos usuários é se divertir. Assim é como pensa Fábio Marques, um engenheiro mineiro que tem mais de cem vídeos cadastrados em sua conta no YouTube. “A maior parte das imagens que coloco são antigas, de programas de TV, filmes ou outras coisas, que ficaram perdidas no tempo. Como já as tinha em casa, achei interessante passá-las para o formato digital e disponibilizá-las para os outros internautas, como uma forma de compartilhar diversão e também encontrar outros interessados nos mesmos assuntos”, conta ele. Marques procura deixar os vídeos que coloca organizados por palavras-chaves e assuntos específicos, para que sejam mais facilmente achados durante as buscas. Além disso, o engenheiro coloca vídeos próprios, como de festas e reuniões entre amigos e família, além daqueles feitos por diversão. Dessa forma, o YouTube também tornou-se uma ferramenta para facilitar o compartilhamento dos arquivos pessoais. Basicamente, o site tornou-se um “álbum de vídeos”. Os vídeos pessoais de Marques são colocados esporadicamente, conformes são feitos. Mas o verdadeiro trabalho envolve as imagens antigas, gravadas em fitas de vídeo. “Sempre tivemos o hábito de gravar muitas coisas em casa. Com a facilidade tecnológica existente hoje, passei a rever todas as fitas e selecionar as partes mais interessantes pra colocar na rede”, conta o voluntário. Dá trabalho, mas o engenheiro garante que é uma atividade prazerosa. E que, apesar do tempo gasto, esse hobby não atrapalha suas outras atividades. “É muito divertido ver essas imagens, e gosto muito de mexer com computadores. Acho que muitas pessoas se divertem ao ver esses vídeos no YouTube”.
Outro site que vem começando a atrair o interesse dos brasileiros, e que também tem potencial para a colaboração entre os usuários, é o Del.icio.us. A página é uma espécie de “favoritos” on-line -- cada usuário tem seu perfil, e nele adiciona sites que acha interessantes, classificados por uma palavra-chave, as chamadas “tags” (ou etiquetas). Paulo Diniz, bacharel em direito que mora em Piracicaba (SP), é dono do blog Mundo Linear e um dos brasileiros atuantes no site Del.icio.us. Ele tem mais de dois mil links relacionados e conta que começou a utilizar a página como uma forma de organização pessoal. “O site também tem seu lado social, em que as pessoas compartilham o que acham interessante. Mas o grande ponto é a organização para pesquisar: é fácil achar temas que se encaixem em tags diferentes e encontrar coisas adicionadas há muito tempo”, explica Diniz. O Del.icio.us é uma espécie de agregador das coisas interessantes que estão na internet -- segundo a opinião daqueles que usam a ferramenta. Quem começa a utilizá-la geralmente o faz por interesse pessoal, para organização e facilidade de achar novas coisas. Mas acaba por auxiliar outras pessoas, organizando em conjunto e conteúdo que antes estaria solto na web. “Torna-se também um rede social. O que é útil para mim acaba sendo útil para você também”, conta Diniz.

Fonte: Oficina da Net