quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Estudo revela diferenças em relação à percepção das mães


A CRIANÇA SEGURA, organização sem fins lucrativos que tem como missão promover a prevenção de acidentes com crianças, em parceria com a Johnson & Johnson, acaba de lançar um estudo inédito. O principal objetivo da análise feita é mostrar as diferenças entre a percepção e comportamento das mães sobre os acidentes com crianças e a realidade dos números. Um dos principais pontos esclarecidos é que as mães desconhecem dados sobre a incidência e a gravidade dessas lesões, o que pode vir a explicar porque, muitas vezes, não adotam medidas preventivas.

Para realizar esta análise, a CRIANÇA SEGURA cruzou informações de duas fontes: uma pesquisa inédita patrocinada por TYLENOL® e conduzida pelo Instituto Ipsos, multinacional francesa, e um estudo lançado em 2007, patrocinado por JOHNSON’S® Baby, que reuniu dados do Ministério da Saúde.

A primeira pesquisa foi finalizada em outubro de 2008 e representa a percepção de mães sobre o tema. Utilizando como metodologia a pesquisa qualitativa através da técnica de discussão em grupo, foram entrevistados 16 grupos de mães de filhos entre 0 e 14 anos, pertencentes às classes AB e CD, das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Curitiba. A segunda fonte baseia-se em informações do DATASUS sobre mortes e hospitalizações por acidentes, de crianças com idade até 14 anos, referente ao ano de 2005. Essas pesquisas foram cruzadas e revelaram informações importantes.

O estudo mostrou, por exemplo, “um evidente desconhecimento por parte da maioria quanto a incidência de acidentes com crianças que resultam em hospitalizações ou mortes”. Mas os números mostram que em 2005, 5.808 crianças morreram e 138.604 foram hospitalizadas vítimas de acidentes. Vale frisar que os acidentes, na faixa etária de 1 a 14 anos, representam a principal causa de morte se comparados a qualquer outro tipo de causa, como doenças do aparelho respiratório ou violência.

Outro ponto também chamou atenção: “de modo geral, independente da idade dos filhos, acidentes sempre tendem a ser percebidos como acontecimentos isolados e/ou menos graves/preocupantes do que questões relacionadas à violência, por exemplo”.

Os números nos mostram outra realidade, porém: para cada morte ligada à violência, outras seis crianças morrem vítimas de acidentes. No caso das hospitalizações, essa proporção é ainda maior: para cada criança internada vítima de violência, outras 23 são hospitalizadas vítimas de acidentes.

O estudo também mostrou diferenças significativas entre a percepção das mães com filhos até 5 anos e mães com filhos de 6 a 14 anos. Essa percepção diferenciada refletiu no comportamento dos adultos, pontos que também puderam ser rebatidos com a realidade. Essas e outras informações podem ser encontradas no estudo completo.

Outras ações – além desse estudo inédito, a CRIANÇA SEGURA e a TYLENOL® estão programando ações especiais voltadas à prevenção de acidentes com crianças para os próximos meses. O objetivo é aproveitar o Mês das Crianças para dar início a um alerta especial aos públicos envolvidos diretamente com a infância: profissionais de saúde, educação, trânsito e outros. Por meio de parcerias com instituições locais, serão realizadas oficinas – direcionadas a esses públicos específicos – em quatro cidades do País, por meio do Programa Formação de Mobilizadores.

Em Porto Alegre/RS, o encontro ocorreu no dia 7 de outubro, em parceria com o Hospital de Pronto Socorro, direcionado a professores, psico-pedagogos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, entre outros profissionais multiplicadores destas informações. Em Curitiba/PR, as oficinas ocorrem nos dias 6 e 7 de novembro, em parceria com a Associação Marista de Curitiba; em Salvador/BA nos dias 18 e 19 de novembro, com a Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica e durante o XXIX Congresso Brasileiro de Cirurgia Pediátrica, e em Cariacica/ES (região metropolitana de Vitória), nos dias 11 e 12 de novembro com a Secretaria de Educação e o Detran local. O tema de todas as oficinas será prevenção de acidentes com crianças com o objetivo de desenvolver um plano de ação local.

CRIANÇA SEGURA www.criancasegura.org.br

A CRIANÇA SEGURA é uma instituição sem fins lucrativos, qualificada como OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, dedicada à promoção da prevenção de acidentes com crianças até 14 anos. Para cumprir sua missão, desenvolve ações de Políticas Públicas – incentivo à discussão sobre o tema e participação nos diálogos referentes às mudanças e adaptações de instrumentos legais que visem a segurança, saúde e bem-estar da criança, Comunicação - informação e alerta sobre a causa para conscientização da sociedade por meio de campanhas e divulgação de assuntos de interesse público e Mobilização – multiplicação do conhecimento da comunidade para modificações no meio através de programas educativos, treinamentos e campanhas.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Gutemberg


vc sabia que até o século 11, todo mundo só escrevia a mão? Como não existia caneta e não dava para comprar uma Bic ali na esquina, usava-se penas de animais molhadas em tintas vegetais!

Os chineses inventaram um jeito de imprimir letras no papel. Dizem que no século 8 chegaram a fazer 1 milhão de cópias de textos religiosos. E no século 11, os chineses começaram a usar blocos de madeira para reproduzir os textos. Incrível não é?

Mas foi em 1430,que o alemão Gutenberg inventou uma máquina para fazer livros. Cada letra ou sinal de pontuação era uma peça de metal, molhada com tinta

A impressão offset é desenvolvida a partir dos anos 20 do século XX. Ela usa técnicas da fotografia e hoje é o modo mais comum de imprimir livros, folhetos, revistas...

As impressoras para computadores domésticos começam a se popularizar nos anos 80. Ficou muito mais fácil e acessível imprimir documentos, gráficos, desenhos... Já pensou como Gutenberg ficaria admirado com tudo isso?

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Brincadeiras Antigas


O que mais se vê atualmente são as crianças dentro de apartamentos na frente do videogame, do computador ou da televisão. Parece que aquelas brincadeiras antigas e divertidas da nossa infância ficaram para trás. Quem não se lembra da turma toda que se encontrava depois da escola para brincar na rua ou numa praça perto de casa? As meninas brincavam de passa-anel, amarelinha ou corda, enquanto os meninos jogavam bolinha de gude, pião ou faziam cabo de guerra. A turma toda se reunia também em outros momentos. Era a hora da queimada, do esconde-esconde, do elefante colorido e do corre-cutia.
Aos poucos, porém, essas brincadeiras deliciosas foram sendo esquecidas pela garotada. "Antigamente, os pequenos se divertiam em espaços públicos e em convivência com várias crianças. Mas com a modificação da sociedade esses espaços desapareceram e elas passaram a ficar mais com os brinquedos do que com os amiguinhos", explica a professora Maria Ângela Barbato Carneiro, coordenadora do Núcleo de Cultura, Estudos e Pesquisas do Brincar e da Educação Infantil da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). O maior problema dessa substituição é que as crianças acabam não brincando de maneira adequada, pois não há interação com outras pessoas.
Brincar faz parte do desenvolvimento infantil. Pesquisas já mostraram que crianças que brincam são mais criativas e as que se divertem em grupo têm menos problemas de ajuste social quando chegam à idade adulta. "O jogo é seu meio de comunicação e aprendizagem. Por meio dele a criança terá a oportunidade de desenvolver melhor a imagem, o seu esquema corporal e outras habilidades", explica a psicopedagoga Raquel Caruso Whitaker, do Centro de Aprendizagem e Desenvolvimento (CAD), de São Paulo. As brincadeira antigas, por exemplo, estão ligadas a costumes populares e ainda promovem a socialização, ajudam a desenvolver a coordenação motora, exploram o movimento, o equilíbrio, o respeito às regras e o lado intelectual dos baixinhos. Veja aqui as principais:

Amarelinha, Cabo de Guerra, Cabra-cega, Cinco Marias, Barra-manteiga, Pula-sela, Corre-cutia, Elefante colorido

Amarelinha
O que é: brincadeira em que as crianças devem pular casinhas desenhadas no chão.
Participantes: a partir de dois.
Acessórios: uma pedrinha ou saquinho de areia.
Como brincar: desenhe a amarelinha no chão, indo do número 1 ao 10. As crianças devem decidir quem vai começar. O escolhido joga a pedra - ou o saquinho de areia - no número 1. A seguir pula casa por casa com um pé só até chegar ao número 10. Na volta repete o trajeto, só que pegando a pedrinha. O mesmo deve ser repetido até chegar a última casa. Perde a vez quem pisar na casa em que está a pedra, pisar na risca, não pegar a pedra ou errar a casinha na hora de jogar a pedrinha.
Idade: 3 anos
Benefícios: desenvolvimento do raciocínio, coordenação motora, atenção, equilíbrio, noção de espaço e tempo, conhecimento dos números e habilidade para lidar com regras e limites.

Cabo de Guerra
O que é: disputa em que crianças puxam uma corda.
Participantes: a partir de quatro.
Acessórios: uma corda e um lenço ou pedaço de tecido.
Como brincar: amarre o lenço no meio da corda e divida as crianças em dois grupos. Cada um deve ficar em um dos lados da corda e puxar com muita força. Ganha quem conseguir deslocar mais o lenço de lugar.
Idade: a partir de 6 anos.
Benefícios: desenvolvimento do espírito de equipe, força muscular, concentração e habilidade para lidar com disputa.

Cabra-cega
O que é: jogo em que uma criança com os olhos vendados deve achar as outras.
Participantes: a partir de cinco.
Acessórios: uma venda para olhos, ou uma tira de tecido de cor escura, ou um lenço.
Como brincar: depois de determinado o espaço onde será feita a brincadeira, as crianças devem sortear quem será a cabra-cega. Em seguida, use o tecido para vendar os olhos dela. Rodem a cabra e saiam correndo. A cabra deve agarrar alguém e adivinhar quem é a criança. Se acertar, a criança escolhida será a próxima cabra-cega. Se errar, o jogo continua.
Idade: crianças a partir de 5 anos.
Benefícios: desenvolvimento da coordenação motora, atenção e sentido de localização, percepção e discriminação tátil e auditiva.

Cinco Marias
O que é: brincadeira em que as crianças usam saquinhos de arroz para fazer malabarismo.
Participantes: a partir de dois.
Acessórios: no mínimo três saquinhos de pano com arroz ou pedrinhas dentro.
Como brincar: a criança joga os saquinhos para o alto. Eles devem ficar onde caírem. O jogador pega um saquinho e atira para o alto. Antes que caia, eledeve pegar outro saquinho, e jogá-lo para o alto. Com os dois na mão, agora é hora de jogá-los e pegar o terceiro saquinho que deve ir para o ar antes de os outros caírem. Quem acertar tudo ganha um ponto. Quem errar passa a vez para o amigo.
Idade: a partir de 6 anos.
Benefícios: desenvolvimento da coordenação motora, atenção, concentração, agilidade, mira e distância.

Barra-manteiga
O que é: brincadeira em que as crianças devem correr atrás do adversário para aumentar sua equipe.
Participantes: pelo menos oito.
Acessórios: não há.Como brincar: as crianças devem ser divididas em dois grupos e alinhadas frente a frente numa distância de, no mínimo, cinco metros. O grupo que começar o jogo escolhe um membro para se dirigir até a outra equipe. As crianças devem ficar com as mãos estendidas e as palmas para cima. O adversário, então, canta: "Barra-manteiga na fuça da nega. Minha mãe bateu nessa daqui". E bate fortemente na mão de uma delas. Nesse momento, corre em direção à sua fileira enquanto o que levou a palmada tenta alcançá-la. Se chegar ao seu grupo sem ser tocada, a criança está salva. Se for pega, deve passar para o outro grupo. A brincadeira é reiniciada com a criança que levou a palmada. Ganha o grupo que ficar com o maior número de crianças.
Idade: a partir de 6 anos.
Benefícios: desenvolvimento da força, equilíbrio, agilidade, concentração, coordenação motora, força muscular, espírito de equipe e habilidade para lidar com regras e disputa.

Pula-sela
O que é: também conhecida como pula-mula, nessa brincadeira as crianças devem saltar sobre um colega fazendo poses diferentes.
Participantes: no mínimo quatro.
Acessórios: não há.
Como brincar: escolham quem será a mãe da mula. Ela, por sua vez, deve escolher quem será a mula. O escolhido deve abaixar as costas, apoiando com força as mãos nos joelhos. Se as crianças forem muito pequenas, a mula pode ficar ajoelhada de quatro no chão. A mãe salta sobre a mula, apoiando as mãos nas costas do amigo. Essa pessoa pode determinar como será o salto e os outros imitam o que ela faz. Se gritar bife, significa que as mãos devem ficar abertas. Batatinha é para todos pularem com a mão fechada. Garra de gavião, a ponta dos dedos finca sobre a sela. Vale também inventar novas posições. Quem errar é a próxima mula. E quem era a mula será a mãe.
Idade: a partir de 6 anos.
Benefícios: desenvolvimento do equilíbrio, coordenação motora, força muscular, agilidade e habilidade para lidar com regras.

Corre-cutia
O que é: também conhecida como lenço-atrás, nessa brincadeira as crianças devem tentar pegar o amigo correndo em volta de uma roda.
Participantes: no mínimo dez crianças.
Acessório: um lenço.
Como brincar: escolha quem ficará com o lenço. As demais crianças devem ficar sentadas no chão em forma de roda e com os olhos fechados. Quem estiver com o lenço anda em volta da roda (pelas costas dos pequenos) enquanto todos cantam: "Corre cutia, na casa da tia, corre cipó, na casa da avó. Lencinho na mão, caiu no chão, moço bonito, do meu coração. Posso jogar? Pode!! Ninguém vai olhar? Não!". Nesse momento, o lencinho é colocado atrás de uma pessoa da roda. Essa criança tem que pegá-lo e correr atrás de quem o colocou lá antes que o adversário sente no seu lugar. Se agarrá-lo, a criança vai para o meio da roda.
Idade: a partir de 3 anos.
Benefícios: desenvolvimento da coordenação motora, equilíbrio, direção, atenção, concentração, esquema corporal, agilidade e força muscular.

Elefante colorido
O que é: brincadeira em que as crianças devem identificar cores em um ambiente.
Participantes: no mínimo quatro.
Acessórios: não há.
Como brincar: crianças devem escolher quem será o mestre da brincadeira. Ele, então, grita: "Elefante colorido". E as outras perguntam: "De que cor?". O mestre escolhe uma cor e todas as crianças deverão tocar algum objeto na tonalidade pedida. Se não achar, tem que pagar uma prenda. Pode ser dançar, cantar, contar uma piada, correr, assim por diante.
Idade: 2 anos.
Benefícios: desenvolvimento da concentração, atenção, coordenação motora, conhecimento das cores, discriminação visual e auditiva.

Agora é só brincar...